quinta-feira, 2 de junho de 2011

Opinião

Rodovia da MORTE ou Imprudência?


Principal cidade brasileira desde a fronteira com a Argentina. Região do Extremo-Oeste catarinense. Aproximadamente 36.000 habitantes. População formada basicamente por gaúchos, descendentes de italianos e alemães. Mais de 80% dela, é urbana. Ruas sem semáforos. Rótulas em todas as esquinas. Radares e medidores de velocidade com a velocidade máxima definida em 40 km/h. Essa é São Miguel do Oeste, a maior cidade do Extremo-Oeste catarinense.
As características citadas no parágrafo acima parecem definir uma pacata cidade, com fatores que possibilitam a segurança da população. Mas vamos aos fatos.
A Rua Willy Bart, avenida que corta o município de São Miguel do Oeste, tem preocupado os pedestres que precisam transitar pelo local. Em menos de um mês, pelo menos 4 pessoas foram atropeladas e mortas nesta que é uma das principais vias do município.
Uma das vitímas chamou atenção. Um portador de necessidades especiais. Surdo e mudo. O que mais me intriga, quando paro para refletir, é que as condições da via parecem possibilitar a prevenção de acidentes. Poxa. Há lombadas por todos os lados, radares de fiscalização de velocidade, o que mais precisa? Na verdade, ainda precisa de algo e todos nós sabemos o que é. CONSCIÊNCIA.

A maioria dos acidentes que têm acontecido na cidade e principalmente na Willy Bart só levam a crer que o principal motivo para esses fatos tristes acontecerem é pura e simplesmente a consciência dos motoristas. Ou melhor, a falta de consciência dos motoristas. Se a velocidade máxima é 40 km/h, porque andar a 60 km/h? Quem tem carteira de motorista e frequentou as aulas da auto-escola sabe que os maiores (veículos grandes) sempre devem cuidar dos menores (os pedestres). Na teoria isso até é bonitinho e se aplica mas, na prática, é bem diferente. Só os pedestres mesmo sabem do que estou falando.

Texto de Camila Hundertmarck
Foto: IAF

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