quinta-feira, 9 de junho de 2011

Crítica

A piada do Estupro de Rafinha Bastos

Camila Hundertmarck
Todos devem estar a par da série de críticas que recebeu o jornalista e humorista Rafinha Bastos nos últimos dias. O fato de Rafinha ter feito uma piada sobre o estupro em seu Stand Up gerou polêmica. Acredito que o Rafinha realmente não disse o que disse para ofender alguém e, sim, apenas com o intuito de fazer humor. No entanto acredito que a liberdade de expressão e livre manifestação de pensamento, assegurada pela nossa Constituição, está sendo confundida por muitos como "a livre manifestação da humilhação" em relação a determinados assuntos que ferem o outro. Na teoria, a história de que foi apenas uma piada e nada mais, até se aplica. Na prática, porém, é bem diferente. Temos a mania de criticar, favorável ou contrariamente, as coisas ruins que acontecem ao nosso redor sem nos por no lugar das pessoas que sofrem ou sofreram com isso. Se formos imaginar quantas mulheres são abusadas e estupradas por dia no nosso País, vamos ver que todas elas precisaram de acompanhamento psicológico para esquecer o trauma ou tentar conviver com ele de forma saudável.Talvez o Rafinha não tenha se posto no lugar de dezenas de filhas e mães por esse Brasil a fora, que têm sua dignidade quebrada em pedaços quando são vítimas desse tipo de crime. Porém, discordo com quem está criticando também o programa CQC, da Band. A crítica ao programa, não vem ao caso no momento. Acredito que o programa tem deslisado, sim, em alguns momentos, mas continua sendo um dos programas mais completos. Mesmo através de gozações, os repórteres do CQC têm coragem de perguntar o que muitos jornalistas não teriam nunca. Mas voltando ao tema principal, o Rafinha deslisou, sim, e isso não se pode negar.

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