domingo, 26 de junho de 2011
Música do dia
Paris Wells - Grace baby (Live)
sábado, 25 de junho de 2011
2 Anos sem Michael Jackson
Michael Jackson - Billie Jean (Live)
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Opinião
“A leitura engrandece a alma”
*Camila Hundertmarck
“A leitura engrandece a alma”, disse o filósofo Voltaire em seu livro “O Ingênuo”, de 1767. Hoje, quase três séculos depois, essa concepção sobre a leitura ainda não alcançou a abrangência que deveria.
Voltaire descrevia naquela frase, a grandeza que uma boa leitura pode nos trazer, enquanto pessoas e bons escritores e oradores. No momento atual, porém, ainda é difícil encontrar quem aprecie a leitura e cite entre seus principais hobbys.
É uma pena, pois, quanto menos se lê, menos se enriquece a língua falada e o português bem escrito. Deve ser por isso, então, que o Ministério da Educação (MEC) resolveu distribuir, neste ano, para quase 500 mil estudantes, uma cartilha que promove que a linguagem coloquial de pronuncia “popular” fosse aceita, também, na escrita. A cartilha, da respeitada ONG Ação Educativa, foi intitulado como “Por uma vida melhor”. Quer dizer então que, a partir de agora, dizer “Os livro” vai colaborar para minha vida ser melhor? Duvido.
Defender a linguagem coloquial é uma coisa. Defender a linguagem popular com todos os erros grosseiros que são conseqüência da mesma, é bem diferente. Se a idéia se concretizar mesmo, não terá mais sentido estudar português no ensino fundamental e médio e, no meu caso, na universidade. A famosa “Norma culta da Língua Portuguesa”, tão citada em sala de aula, deveria, então, ser rebatizada com um nome que fizesse juz à nova cartilha. E, no momento, não me vêm nenhum à cabeça.
Num futuro bem próximo, se a coisa assim continuar, pode ser que a linguagem usada em sites de relacionamento também seja aceita pelo MEC. Vai ser difícil ter que lidar com os “Eu adolu vuxê”, distribuídos em redações de vestibulares e na escrita como um todo. Quem faz uso de programas de computador como ferramenta para escrita pode ir pensando em uma mudança radical. Pode ser que o Word, editor de texto do Windows, por exemplo, sublinhe como errado, tudo aquilo que estiver escrito de acordo com o que os gramáticos diziam ser correto na Língua Portuguesa.
O fato é que a nova cartilha gerou polêmica. Não é por menos. Ao invés de defender o aprimoramento da leitura, bem como da boa escrita desde as séries iniciais, o órgão responsável pela fiscalização da educação no Brasil, se permite passar por esse papelão.
Voltaire, que defendia a leitura como ferramenta de engrandecimento de cada um de nós como pessoa, deve estar se remexendo no caixão. É uma pena que a situação esteja chegando a esse ponto. E o incrível é que o Brasil sonha em ser um país desenvolvido sem entender que a riqueza de um país começa lá na raiz, com o aprimoramento da educação, do bom funcionamento das escolas e da formação ética e competente de professores.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Opinião
PACIFICAÇÃO
Camila Hundertmarck
Os moradores de algumas favelas do Rio de Janeiro estão tendo que conviver com a presença dos militares das Forças Armadas brasileiras, diariamente. A preocupação com a Copa do Mundo de 2014 é tanta que o Governo brasileiro decidiu pacificar as favelas bem antes da chegada da Copa.
Faltam ainda mais de três anos para a Copa do Mundo acontecer e favelas como “Alemão” e “Mangueira” já foram ocupadas por policiais e militares do Exército Brasileiro. No começo da operação muitos bandidos acabaram fugindo, outros, presos e a paz parecia ter começado a reinar no Alemão. No entanto, há quem diga que, com o passar do tempo, tudo está, aos poucos, voltando a ser como era antes. Muitos bandidos voltaram a ocupar seus postos e aterrorizar a vida de quem mora nessas comunidades.
A operação de pacificação, porém, deve continuar firme e forte até que o Maracanã esteja totalmente seguro. Todas as medidas estão sendo tomadas para que nada ocorra errado no período de Copa do Mundo, já que em certos pontos da favela da Mangueira, por exemplo, se tem uma vista limpa desse que é um dos Estádios sede da Copa. Assim, podemos concluir que essa pacificação só está ocorrendo para pôr em segurança esse evento conhecido no mundo inteiro e que mobiliza até mesmo quem não gosta de futebol.
O Brasil, como todos nós sabemos, sempre teve problemas com as favelas brasileiras porque é lá que tudo acontece. O tráfico de todo o tipo de drogas e de armas, bem como muitas outras atividades ilícitas são desenvolvidas atrás dos muros desta que é uma das regiões mais pobres e precárias de algumas cidades brasileiras.
Por causa do fraco policiamento em outros tempos, a favela se tornou um local onde a criminalidade rola solta. E não estou generalizando, até porque acredito que nas favelas do nosso Brasil a fora, moram muitas pessoas honestas e de bom coração que, só precisam conviver com esse tipo de situação pelo baixo salário que ganham.
Mas porque esperar a Copa do Mundo para que se decida fazer algo para melhorar a situação das muitas favelas brasileiras? Porque esperar que o Brasil ficasse mundialmente famoso pela criminalidade, para só depois disso decidir pacificar?
Muito podia ter sido feito antes de o Brasil ter sido escolhido como sede da Copa do Mundo. Muita coisa teria mudado para melhor se assim tivesse sido. Quantas pessoas estariam vivas hoje para contar sua história. Quantos pais veriam seus filhos nas escolas ao invés de vê-los na penumbra das drogas e do crime. Quantos bandidos podiam estar presos hoje, evitando pôr em risco a segurança da população?
No entanto, precisou que um evento conhecido mundialmente pela sua importância, mobilizasse o Governo e o fizesse voltar seus holofotes para a solução desse problema. Torço pelo contrário, mas, tenho certeza que após a passagem da Copa do Mundo, esse problema vai voltar a ser esquecido e a marginalidade vai voltar a assombrar a vida dos moradores daquela região.
Não é necessário que exista um evento importante, ou a vinda de um artista famoso para que o Brasil mobilize equipes e mantenha o policiamento em locais ameaçados pela criminalidade. No entanto, a realidade é diferente e é isso que vem acontecendo.
Daqui uns anos, quando as campanhas políticas voltarem a nos encher o saco e os candidatos a nos pedirem votos, vamos ver muitos deles prometendo o que não podem cumprir. Segurança é direito da população e, pelo que entendo, direito é algo que pode ser exigido e que deve ser usado para beneficio daqueles que realmente trabalham para o bem do nosso País: o cidadão.
Foto do dia
O menino de três anos, havia sido deixado sozinho em casa pelos pais. Ao cair do oitavo andar de um prédio em Pequim, o pequeno foi, milagrosamente, salvo. Ele ficou preso pelo vão entre a parede e o ar condicionado.
Os moradores do prédio ouviram os gritos da criança e resolveram ajudá-lo antes da chegada dos bombeiros.
Opinião
Pra mostrar que minha teoria é válida, vamos prestar atenção na palavra "apartamento". Eu entendo por "apartamento" (e o dicionário não me deixa mentir) "ato ou efeito de apartar, separar". Assim, a minha teoria tem algum fundamento. As pessoas ocupam prédios, na verdade, para se separar da sociedade. Acho que deve ser por isso que qualquer barulhinho que você faça é sinônimo de uma apertada na sua campainha.
Mas há exceções, com certeza. Há pessoas, como eu, que moram em apartamentos, simplesmente, pela segurança que, supostamente, estes ofereçem. Outros ainda, moram em apartamentos por não acharem casas que se adequem às características do gosto e valor que cabe no bolso de cada um. E é por isso que a gente estranha tanto esse tipo de comportamento. No futuro, as pessoas deveriam projetar apartamentos com isolamente acústico, como os que existem em estúdios de rádio e de gravação de músicas pelo Brasil todo. Assim, as apertadas de campainhas seriam extintas e você poderia andar livremente pelo seu apartamento sem se preocupar em usar pantufas.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Artigo
Camila Hundertmarck
Quem leu o artigo da semana passada e quem ler o que estou escrevendo no momento, vai achar que eu sou uma regionalista rigorosíssima e que não suporto ouvir críticas relacionadas ao Estado onde nasci e me criei. Não é isso. Acredito que todas as críticas, positivas e negativas, são construtivas e válidas. No entanto, independente de ser gaúcha ou não, o que vou fazer agora é única e exclusivamente expressar minha opinião.
O assunto em questão tem gerado comentários no Brasil inteiro: O Hino do Estado do Rio Grande do Sul. A polêmica não é com o Hino em si, mas, sim, com o fato de ele ser cantado nos confrontos de Inter e Grêmio pelo Brasil a fora.
O fato, que eu já comentei no artigo anterior, é que o povo gaúcho tem verdadeiro amor pelo chão que pisa e o hino do Estado é símbolo desse orgulho. Os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, têm várias equipes que os representam. Cada uma delas compete por todo o território brasileiro para representa seu Estado. Nada mais justo que, minutos antes do jogo, seja tocado e cantado um pedacinho do hino do Estado pelo qual se joga.
Estranho, eu acho, é tocar o Hino Nacional Brasileiro. Quem joga pelo Brasil é a Seleção Brasileira e é dela o compromisso de tocar esse hino. Para os times que jogam para representar seus respectivos Estados, nada mais justo que tocar o hino estadual antes do início de cada partida. Isso não é se engrandecer perante o adversário, como muitos vêm comentando. Isso é apenas mostrar que se dá valor para esse pedacinho de chão pelo qual eles jogam.
A equipe do Internacional e do Grêmio são, como todo mundo sabe, grandes rivais. No entanto, dentro do estádio os dois times se unem e cantam com orgulho o hino do estado que representam.
A multidão tricolor e a multidão colorada fazem ecoar as paredes do Olímpico e do Beira-Rio e dos estádios pelo País inteiro. São milhares de torcedores que, mais que gremistas e colorados, são gaúchos. É por isso que ouvir e cantar os versos do hino rio-grandense são tão importantes antes do início de cada partida.
Ao invés de tomar por ofensa a atitude das equipes gaúchas, estes que estão criticando deveriam tomar essa atitude como exemplo. Se todas as equipes do esporte brasileiro tivessem o orgulho que o povo gaúcho tem do seu Estado, talvez as partidas fossem mais respeitadas e menos violentas. Quando se joga por algo além das cores da camisa e além do emblema de um time, quando se joga de verdade por um pedaço de chão, por um Estado e não somente por um título, o retorno é muito maior. Nesse caso, o hino não é e nunca será uma ofensa perante as outras equipes e, sim, uma ferramenta para impulsionar a vontade do atleta de jogar e do torcedor de vibrar por algo maior.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Reportagem Especial
EXERCÍCIO DE CIDADANIA
Camila Hundertmarck
O consultor de vendas Astor Staas é um dos muitos consumidores que já tiveram algum problema reclamado no Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon). Conforme Astor, o problema surgiu quando uma operadora de telefonia móvel passou a enviar mensagens, sem solicitação prévia e sem avisar que as mesmas eram pagas. “Quando percebi que as mensagens que recebia eram cobradas eu não me importei, fui relevando porque eram apenas 15 ou 30 centavos. Mas teve um dia em que me tiraram sete reais de uma só vez, aí eu fiquei bravo”, conta.
Conforme o Procon de São Miguel do Oeste, o setor líder do ranking de reclamações é, justamente, o setor da telefonia fixa e móvel. Dentre os principais serviços reclamados dentro desse setor estão os serviços de assistência técnica e atendimento de tele marketing. Segundo Staats, a primeira atitude que tomou foi ligar para o atendimento gratuito da operadora para tentar resolver a situação. “Eu liguei para o '0800' da operadora responsável e eles falaram que não tinham como recuperar os valores perdidos”, afirma.
O caso de Staas é um exemplo de que, muitas vezes, só o diálogo entre reclamante e reclamado, não resolve a situação. Conforme ele, foi necessário procurar o Procon para que o problema fosse resolvido. “Recorri ao Procon e, em cinco minutos, o rapaz ligou para o atendimento gratuito da empresa. Meus créditos foram repostos e o problema resolvido”, relata.
No caso de Astor Staats, o problema foi resolvido com facilidade e rapidez, diferente do que ocorreu com o morador do bairro Progresso, Pedro Gralha dos Santos. Santos afirma que o motivo da reclamação é um corte de água feito em dois terrenos de sua propriedade e a cobrança de uma dívida de R$ 3.700,00.
Conforme Santos, o problema já se estendia desde o ano passado, quando ele percebeu uma alteração no valor da fatura mensal. Na fatura que ficava sempre em torno de R$ 20,00 passou a ser cobrado o valor de R$ 1.700,00. O morador alega ter procurado a Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan) para tentar entender a situação e resolver o problema, o que, segundo ele, não aconteceu. “Veio um rapaz da Casan e mais um funcionário. Quebraram o piso e não acharam nenhum vazamento, mas mesmo assim afirmavam que o vazamento existia. Depois de alguns dias ele voltou e disse para minha esposa que as faturas seriam ignoradas", afirma.
Após ordem dada pela companhia, Santos trocou todo o encanamento da residência, mas, dois dias após a troca, a água foi cortada. "Fui à Casan disposto a negociar. Chamei eles e o pedreiro que trocou o encanamento e falei para eles que não encontramos vazamento nenhum. Aí ficaram me enrolando, não davam solução nenhuma", reclama.
Conforme Pedro Gralha, a dívida cobrada pela companhia atualmente chega a R$ 3.700,00. Santos afirma que sua advogada já entrou na Justiça para resolver a questão.
O diretor regional da Casan, Fredy Westerich, informou que a empresa não se pronuncia em casos particulares, mas afirma que a companhia está agindo de acordo com a Lei. Westerich diz que a empresa vai apresentar as provas assim estas forem solicitadas pela Justiça.
DIREITO DO CONSUMIDOR: O QUE É?
O Código de Defesa do Consumidor foi uma das grandes inovações da Constituição Federal de 1988. Definido por especialistas como um ramo novo do Direito, o Direito do Consumidor só começou a aparecer a partir dos anos 50, quando surgia a sociedade de massa e as relações de consumo tornavam-se cada vez mais sólidas. Responsável por defender os direitos do cidadão nas relações de consumo, o Código de Defesa do Consumidor – CDC - gerou maior preocupação no que diz respeito à qualidade dos produtos colocados á disposição da população.
A garantia da proteção e defesa dos direitos do consumidor é amparada pelo artigo 6º da lei de número 8.078, datada de 11 de setembro de 1990. Além do estabelecido pelo CDC, o cidadão ainda pode contar com o auxílio do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor, o Procon.
O Procon é o órgão responsável pelo acompanhamento, orientação e fiscalização das relações de consumo e por garantir a defesa dos direitos do cidadão. Porém, mesmo sendo o órgão responsável por zelar pelo interesses do consumidor, o Procon muitas vezes não consegue atender à demanda da população.
No Brasil, o Procon foi a primeira organização governamental criada. Em 1976, período de ditadura, o Estado de São Paulo criou um grupo para discutir a necessidade de criação de uma política de defesa do consumidor, o que resultou na criação do Programa.
NO MUNICÍPIO
Em caso da violação de seus direitos, o consumidor pode recorrer aos Procons municipais ou estaduais. Em São Miguel do Oeste, por exemplo, o Procon já existe há cinco anos.
Conforme a coordenadora do órgão municipal, Lucíola Lopes Nerilo, as empresas líderes de reclamações são algumas das mais utilizadas no nosso dia-dia. “Os serviços de telefonia são, sem dúvida, os mais reclamados no Procon do município”, afirma. Lucíola diz que os cidadãos migueloestinos são rígidos quando o assunto é telefonia. “O maior número de reclamações relacionado à telefonia fica e móvel são osproblemas em decorrência da venda e operação de telefonia, defeitos de fabricação, faturas e cobranças”, conta.
Agências bancárias, lojas de eletrodomésticos e provedores de Internet também fazem parte da enorme lista de processos que passam pelos Procon’s do Estado. Lucíola conta que a demanda é grande e que é necessária entendimento de ambas as partes para que os casos sejam resolvidos. “São em média 250 processos por ano só aqui no Procon de São Miguel do Oeste. Esses processos só são abertos quando não há resolução harmoniosa entre os interessados” afirma.
Conforme o especialista em direito público e privado e em Ciências Criminais, Wagner Pompéo, o consumidor deve se manter sempre atento em relação aos produtos e serviços os quais faz uso. “Percebendo qualquer tipo de situação de abuso e ilegalidade em relação a produtos e serviços, o consumidor deve recorrer ao órgão competente e registrar reclamação”, afirma Pompéo.
Ao procurar o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor, o cidadão deve levar fotocópia dos documentos pessoais e da nota fiscal de aquisição do produto. Em se tratando de produto perecível, já deteriorado, deve comunicar, imediatamente, ao órgão para o registro do flagrante.
Segundo Pompéo, o Procon é o primeiro órgão que deve ser procurado assim que o consumidor perceber qualquer irregularidade no produto comprado. Mas é preciso estar atento se o problema não for resolvido com a ajuda do Programa. “Não havendo a solução pacífica do problema, o ideal é que o consumidor procure um advogado e ingresse com uma ação Judicial”, afirma Wagner.
Portanto, é importante que todos os cidadãos conheçam os seus direitos e reivindiquem o bom funcionamento dos produtos e serviços disponíveis no mercado. O Código de Defesa do Consumidor existe para zelar por esses direitos e para garantir que eles sejam preservados e respeitados. Porém, é o consumidor quem deve fiscalizar, exercendo assim a cidadania para o seu bem e o bem de toda a população.
Fotos: 1ª de Marcelo Both./ 2ª Arquivo Pessoal
A Tradição Gaúcha
Camila Hundertmarck
Hoje cedo, vindo para o trabalho, uma emissora de rádio aqui da cidade, como todas as manhãs de segunda-feira, tocava belíssimas músicas tradicionalistas do Rio Grande do Sul. Me peguei a relembrar uma coisa que um professor disse em sala de aula na semana passada. Ele disse: "A cultura gaúcha está morrendo." Não é por que sou gaúcha, até porque acredito que todos têm liberdade de dizer o que pensam mas, eu não gostei nem concordei com o que ele disse. Sem sombra de dúvida, o povo gaúcho, e aí eu me incluo, é um dos povos brasileiros que mais amam sua cultura e mais trabalham para mantê-la acesa. E ao contrário do que muitos pensam, o tradicionalismo gaúcho não é coisa de poucos anos atrás, não. Em 1898, ou seja, há mais de um século, foi fundado em Porto Alegre, capital gaúcha, o primeiro Grêmio Gaúcho.
Andei pesquisando o significado da palavra "Tradição" e descobri uma palavra bélissima que, nem eu como gaúcha, sabia o significado. "Tradição", vem do latim e significa trazer até, entregar. Ou seja, tradicionalismo significa entrega. Após descobrir o significado dessa palavra, tenho ainda mais certeza do que estou aqui escrevendo. Se tradicionalismo significa entrega, como é que se pode dizer que um dos povos que mais se entrega para manter acesa a chama da cultura, está terminando, morrendo, como pronunciou o professor. Todo o povo brasileiro, todos os Estados, melhor dizendo, têm por sua cultura um amor e um carinho que não os permite deixá-la morrer. Porém, os gaúchos se distinguem porque procuram preservar os valores, mais do que qualquer pessoa acha.
Outro discurso que pouco me agrada, foi mencionado também no dvd do humorista Jair Kobe, mais conhecido como Guri de Uruguaiana. O humorista questionou o porque que a música gaúcha, diferente do axé baiano e do pagode carioca, por exemplo, não ganha fama no Brasil inteiro. Vamos aos fatos: A música "Rebolation", por exemplo, é famosíssima e foi hit do carnaval esse ano no Brasil todo. Um trechinho dela para que todos entendam do que eu estou falando:
"Alô minha galera, preste atenção: Rebolation é a nova sensação! Menino e menina, não fiquem de fora, que vai começar o pancadão. O suingue é bom. Gostoso de mais. Mulheres na frente. Os homens atrás. Mão na cabeça que vai começar! Rebolation é bom! Bom! Rebolation é bom! Bom! Bom."
Agora, um trecho de uma famosa música gaúcha: "Minuano tironeando a venta dos tauras, relincho de baguais faíscas ao vento. O brado terrunho do punho farrapo, num bate cascos medonho ao relento. Peleando em favor da pampa a pilcha sovada em tiras. Marcando fronteira provou lealdade."
A música do trecho acima, "Gritos de Liberdade", é, visivelmente, mais complexa do que a música do primero trecho. Mas tenho certeza, que cada palavra ali cantada, significa muito mais do que "suingue"e meninos e meninas rebolando, um atrás do outro, como o que é cantado na primeira música. Vejam bem, não estou rebaixando a cultura de outras regiões brasileiras, apenas, mostando que o povo gaúcho tem orgulho do chão que pisa, tem orgulho da sua origem e de sua bandeira e canta isso na suas músicas. Dessa forma, acredito que a cada dia, com o surgimento de novas músicas como "Gritos de Liberdade", com o mantimento das cavalgadas, dos bailes gaúchos, da vestimenta típica gauchescas, das comidas típicas e, principalmente, com o mantimento desse orgulho que o povo gaúcho tem de ser gaúcho, a sua tradição não deve morrer mas, sim, ressurgir a cada dia, mais forte.
Gritos de Liberdade - Grupo Rodeio
domingo, 12 de junho de 2011
Dia dos Namorados
Camila Hundertmarck
sábado, 11 de junho de 2011
Dia dos Namorados
sexta-feira, 10 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Crítica
Camila Hundertmarck
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Crítica de Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein
Rafinha Bastos está sendo acusado de estimular o estupro pelo Conselho da Condição Feminina de São Paulo por causa de suas piadas. Não creio, claro, que ele tenha o menor interesse em estimular a violência contra a mulher. Assim como ele não tem prazer em debochar de órfãos, como fez em seu twitter no Dia das Mães.
O problema é o seguinte: essa geração de comediantes é vítima da busca do sucesso a qualquer custo, um vale-tudo para aparecer, típico da era da celebridade. Uma necessidade de ser engraçado e provocativo o tempo todo. Some-se a isso a tentação fácil de transmitir tudo em tempo real no twitter e no Facebook.
Acaba-se perdendo a noção de coisas elementares. Esculhambar órfão em Dia das Mães é considerado "piada". Ou dizer que só mulher feia reclama de estupro é visto como algo engraçado. Na verdade é apenas ridículo --um ridículo que faz sucesso.
Como judeu, aprendi a valorizar o humor refinado --a história do judaísmo se confunde com a história do humor. Mas também aprendi a detestar o uso da palavra para reforçar preconceitos.
Não vejo graça em coisas que fazem outras pessoas sofrerem.
Sou a favor da liberdade de expressão, claro. Por mais que nos doa. Mas estabelecer limites, dizendo o que vai além do aceitável em respeito humano, também é um valor democrático.
Ou seja, Rafinha Bastos, um sujeito talentoso, está sendo vítima de um estupro --ele está, sem saber, se estuprando moralmente.
_____________________________________
É Rafinha, muita gente admira seu trabalho. Mas dessa vez você exagerou né. Piada é aquilo que nos sorrir e ficar de bem com a vida não o que humilha, o que pisa. Você é um excelente profissional mas vamos maneirar né?
Camila Hundertmarck
Música nova
Jorge e Matheus - Pra que entender
terça-feira, 7 de junho de 2011
Inverno 2011
15 minutos
Hoje à noite, um dos maiores craques a integrar a Seleção Brasileira se despede. Ronaldo Nazário, mais conhecido como Ronaldinho, no auge dos seus 34 anos, terá seus últimos 15 minutos de futebol profissional no jogo contra a Romênia, hoje à noite, no Estádio do Pacaembu.
Ronaldo ficou famoso pelo bom futebol e foi por isso que garantiu o apelido de “Ronaldo Fenômeno”. Hoje em dia, a figura magra, alta e de cabeça raspada não existe mais. Ronaldo deixou a boa forma para fazer parte do time dos gordinhos. Tanto engordou, que foi obrigado a parar de jogar. Tudo bem, as constantes lesões foram fatores importantes para que a carreira do Fenômeno desabasse. Mas vamos aos fatos. Com os quilinhos a mais que o Ronaldo está apresentando nos últimos tempos, as pernas só podiam não aguentar mesmo né.
Mas voltando ao assunto principal, hoje a noite é sua despedida. 15 minutos. Será que ele aguenta tanto tempo? Vamos torcer para que ele se despeça com chave de ouro e coloque o último gol no futebol profissional na sua conta. Vamo que vamo Ronaldo, o tempo passou mesmo, muita coisa mudou mas a sua história, você escreveu.