sexta-feira, 16 de março de 2012

Motocão 2012


Motociclismo: paixão sem fronteiras 

SÃO MIGUEL DO OESTE

Camila Hundertmarck

O Motocão chega à sua 14ª edição com o maior público de todos os tempos. Apaixonado por motos, os visitantes e os motociclistas da cidade aproveitam o clima do evento para demonstrarem toda sua paixão pelo veículo de duas rodas. Ronco de motores, uma infinidade de personalidades e características e motocicletas de todas as cores e modelos.
Os visitantes vêm de muitos lugares. Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná são alguns dos estados que marcam presença em todas as edições do Motocão. Odair Hamilton Hemert, 57 anos, não veio de tão longe, mas relata que não perde nenhum encontro de motocicletas do país. Acompanhado da esposa, Odair visita São Miguel do Oeste todos os anos na época do evento. Ele conta que já viajou o mundo inteiro com seu triciclo. “Já fomos para Salvador, Bahia, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, só de triciclo. A sensação de liberdade é muito boa, de conhecer o Brasil e era um sonho que está sendo realizado agora. Vale muito à pena”, relata.
            Odair e a esposa participam do Moto Grupo Traink do Oeste, de Chapecó. Ele conta que durante a semana todos trabalham, para somente na no sábado partirem para os encontros de motociclestas do país inteiro. “A gente trabalha até a sexta-feira e no sábado a gente vai para os encontros. Todo o ano nós viemos no Motocão, é muito bom, muito bem organizado”, explica. Depois de São Miguel do Oeste, o casal já tem rumo certo. No próximo final de semana eles devem seguir rumo à cidade catarinense de Arvoredo. “A cidade mandou o convite do evento e, com certeza nós vamos. Nós já fomos ano passado e vamos de novo este ano”, conclui.

EXPOSITOR E APAIXONADO POR MOTOS

            Além dos visitantes que vêm rumo à cidade para diversão e entretenimento, muitos chegam a São Miguel do Oeste para exposição de seus produtos nas barracas que ficam nas ruas laterais à área coberta. George Pinto, 56 anos, veio da cidade gaúcha de Porto Alegre com outros dois amigos à bordo de um microônibus. O gaúcho trouxe para venda as esculturas de papel e fibras que ele mesmo produz. George conta que apesar de terem vindo de ônibus, o grupo é amante de motos e esse é o principal motivo de viajarem pelo país todo. “A gente gosta de moto, o motivo de a gente viajar mesmo é a moto e como temos que trabalhar, a gente vai conseguindo conciliar para que dê certo. De problema mesmo, só saudade da família, pois ficamos até 20 dias fora”, explica.
George destaca ainda que quando viaja de moto, sempre tem a companhia da esposa. Ele conta que as viagens acontecem por todo o sul do país. “Quando viajo de moto ela vai junto. Quando viajo de ônibus, ela fica. Mas no fim de semana quando eu posso, fujo. É uma paixão pelas motos e por viajar”, relata.
A próxima parada, segundo ele, é na cidade de Gravatal. Só depois de participar do encontro da cidade catarinense é que George e os amigos retornam para Porto Alegre para rever a família. “A gente viaja bastante, vamos a todos os eventos no Rio Grande do Sul e fora também. Viemos de Ijuí para cá e daqui vamos para Gravatal, em outro encontro”, finaliza.

ACROBACIAS SOBRE DUAS RODAS

Na noite do último sábado e na tarde do domingo, dia 11, a equipe Giro Total de Estância Velha, Rio Grande do Sul, se apresentou para o público migueloestino. Há nove anos, a Equipe percorre as cidades do Sul do país fazendo acrobacias sob as duas rodas. Conforme um dos pilotos, Rodrigo Nunes, a equipe é formada por um mecânico, dois pilotos e um locutor. Rodrigo conta que as motos usadas no show possuem alterações próprias para o tipo das acrobacias. “Nós temos um mecânico próprio que cuida de todas as motos. É preciso fazer algumas alterações para que elas aguentem”, explica.
Segundo ele, em nove anos, nunca houve qualquer tipo de acidente durante as apresentações do grupo. “A nossa preocupação é nos preservar e preservar o nosso público”, destaca. Rodrigo conta que a sensação durante os shows é de liberdade. “É um lugar que a gente gosta. E sabemos que quem está ali curte motos então é muito gratificante”, relata. Rodrigo divide a pista com o também piloto e dono da equipe, Ademir Zimermann.  Zimermann conta que a esposa é parceira e sempre que pode, o acompanha nas viagens. “Cada um tem seus trabalhos durante a semana e, nos finais de semana, viaja com a equipe. É um extra. Minha esposa é parceira, ela sempre participa”, conta. 

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